Uma introdução ao mundo da aromaterapia

“Os perfumes são uma ponte que leva ao mundo etérico. Os antigos estavam convencidos de que os deuses se alimentavam apenas dos perfumes e, por isso, lhes ofereciam incenso e essências aromáticas. O óleo etérico de cada planta é a expressão da alma, seu ser interior. É a manifestação arquetípica da planta em questão, arquétipos que pertencem a uma outra dimensão de existência. E já que os óleos essenciais integram essa dimensão verdadeira da alma da planta, e existem ligações íntimas entre os arquétipos das plantas e os vários tipos de seres humanos, a aromaterapia em sua forma mais elevada é capaz de atingir diretamente o nível psicológico do paciente”. Marco Bischof



O termo “aromaterapia” foi usado pela primeira vez pelo químico francês René-Maurice Gatefossé que, acidentalmente, descobriu as propriedades terapêuticas dos óleos essenciais. Em 1928, Gatefossé estava trabalhando numa experiência, quando queimou gravemente uma das mãos. Na tentativa de aliviar a dor, ele lavou a queimadura com óleo essencial de lavanda. O líquido, além de trazer alívio, acelerou o processo de cicatrização da pele e evitou uma possível infecção. Fascinado com esse fato, ele começou a pesquisar as propriedades terapêuticas dos óleos.

Mas, o poder dos óleos essenciais já era do conhecimento de povos antigos, especialmente dos egípcios, que aparecem na história como a civilização que mais se dedicou a aplicar as propriedades das plantas aromáticas e desenvolver métodos eficazes para a extração dos óleos. Os egípcios eram mestres na aplicação dos óleos essenciais para cuidar da saúde e da beleza do corpo, mas não era só: eles também usavam essas substâncias em rituais religiosos e até para embalsamar os mortos. Todo esse conhecimento foi absorvido pelo povo grego e, com tempo, espalhou-se pela Europa Ocidental, no tempo das Cruzadas, na Idade Média.

E o que são os óleos essenciais?

Óleos essenciais são substâncias orgânicas muito voláteis obtidas de flores, folhas, cascas, raízes ou frutos. Entram na composição dos óleos essenciais os elementos orgânicos básicos como o carbono, o oxigênio e o hidrogênio, formando moléculas orgânicas de álcoois, aldeídos, ésteres, óxidos, cetonas, fenóis e terpenos. Todo óleo essencial apresenta uma composição relativamente complexa, porém, alguns são bem simples, como o sândalo, que contém 95% de um mesmo componente (um álcool chamado santalol) e os 5% restantes de composição variada.

A qualidade da substância irá depender da procedência da planta, do método de extração e de como ela é armazenada. Até o clima, a altitude, o tipo de solo e a forma de colheita também podem influenciar nas características do óleo.

Todo óleo essencial possui ingredientes ativos que agem no corpo por meio da inalação ou da absorção pelos poros da pele. Ao cair na corrente sangüínea, os benefícios dos óleos se espalham por todo o corpo. Além disso, a reação olfativa evoca sensações registradas na memória. Daí a ligação da aromaterapia com estados emocionais.

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